Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

10.5.15

CONSELHOS DE UM GERIATRA


Olha aí gente amiga, vamos aproveitar a vida, a velhice chega para todos.
       Beijo
CONSELHOS DE UM GERIATRA

Estamos envelhecendo. Não nos preocupemos! De que adianta? É assim
mesmo! Isso é um processo natural. É uma lei do Universo conhecida
como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia. Essa lei diz que:
“A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do
sistema aumenta”. Portanto, tudo que foi composto será decomposto,
tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.
Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós. Com o
tempo, os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam. Sendo assim,
relaxe e aproveite. Parafraseando Freud: 
“A morte é o alvo de tudo que
vive”.

Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos
ele estará todo carcomido. O mesmo acontece a nós. O conselho é: Viva.
Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez. Como disse um
dos meus amigos a sua esposa:
 “me use, estou acabando!”. Hilário,
porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural. Não queira ser jovem
novamente, você já foi. Pare de evocar lembranças de romances mortos,
vai se ferir com a dor que a si próprio inflige. Já viveu essa fase,
reconcilie-se com a sua situação e permita que o passado se torne
passado. Esse é o pré-requisito da felicidade.
 “O passado é lenha
calcinada. O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto”
como já dizia Cícero.

Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da
ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho, pra
não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade
de vida. Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o
preço a ser pago será muito elevado. Serão muitas plásticas, muitos
riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora. A flor da
idade ficou no pó da estrada. Então, para que se preocupar?! Esqueça
os bisturis e toca a vida.

Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos? Os
bonitos. Você nunca me verá por lá. Para o bonito, cada ruga que
aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe
pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança. 
Os feios são mais
felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes
fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos. Inclusive tem
uns que melhoram na medida em que envelhecem. Para que se preocupar
com as rugas, você demorou tanto para tê-las! Suas memórias estão
salvas nelas. Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas
superficiais. O negócio é zombar do corpo disforme e dos membros
enfraquecidos.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando
sofrimento por todos os cantos. Advêm consequências desastrosas quando
se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e
secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se
transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena à ruína
sua própria alma. Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as
imposições da natureza e viva a sua fase. Sofrer é tentar resgatar
algo que deveria ter vivido e não viveu. Se não viveu na fase devida,
o melhor a fazer é esquecer.

A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não
foi feito para durar. É viver uma fase que não é mais sua. Tente
controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso
pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido. Não dê ouvidos a isso,
temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente
estará sempre em conflito se ela se sentir insegura. A vida é o que
importa. Concentre-se nisso. A sabedoria consiste em aceitar nossos
limites.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as
estradas e conhecer todas as cidades. Isso é loucura, é exagero. Faça
o que pode ser feito com o que está disponível. Quer um conselho?
Esqueça. Para o seu bem, esqueça o que passou. Tem tantas coisas
interessantes para se viver na fase em que está. Coisas do passado não
te pertencem mais. Se você tem esposa e filhos, experimente vivenciar
algo que ainda não viveram juntos, faça uma festa, celebre a vida,
agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute.
Aceitando ou não, o processo vai continuar. Assuma viver com dignidade
e nobreza a partir de agora. Nada nos pertence.

Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo
Horizonte. Não posso dizer que, pelo fato de conhecer grande parte do
Brasil, sou mais feliz que ele. Muito pelo contrário, parecia
exatamente o oposto. O que importa é o que está dentro de nós, a velha
máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter
pouco fora”.

Esse é o segredo de uma boa vida.

Fonte: Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil
Site AFAGO
02/02/2015 - Colaboração do colega Marconi TF

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