Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

21.4.15

A VOZ DE IPUEIRAS

A VOZ DE IPUEIRAS
Por

Dalinha Catunda
*
As desventuras da vida
Não arrancaram o sorriso
Que ilumina seu rosto.
Continua seu ofício.
Pra ele não é sacrifício
Permanecer em seu posto
*
Sei que, em sua humildade,
Até hoje ainda não sabe
Seu verdadeiro valor.
Foi tal ser iluminado
Que embalou, no passado,
Os nossos sonhos de amor.
Foi ele a trilha sonora
Das tristes e alegres histórias
Que nossa gente viveu.
Foi ele a alma da praça,
Que se enchia de graça
A cada anoitecer.
*
Foi ele o som de Ipueiras
Naqueles anos dourados.
Ouvíamos recentes sucessos
Por ele selecionados.
Era Ipueiras cantando
Como se um mundo encantado.
*
É ele o valente guerreiro,
Que animou sem parar,
Mantendo, com alegria,
A Vale do Jatobá,
Rádio que deu vida e voz
Ao nosso pequeno lugar.
*
É ele uma andorinha,
Sozinha fazendo verão,
Espalhando suas músicas
Como nos tempos de então,
Arrancando doces suspiros
De quem viveu de emoção.
*
É ele a saudade constante
Dos incorrigíveis amantes,
Que sonham com antigos amores.
É ele o bolero tocado,
Tocando-nos o fundo da alma,
Na busca dos velhos sabores.
*
Orquídeas, rosas, violetas
Certamente não foram em vão.
Formam um buquê de saudades
Que trago em meu coração.
Regadas com todo o carinho,
Por certo não murcharão.
*
Às vezes, me pego cantando,
Em meu jeito de cantar...
“Por que não paras relógio?”
Não cessa o teu badalar!
Quero passear na avenida,
Ouvindo a rádio tocar.
Mas a avenida está distante
E até de nome mudou.
Do testamento de Judas,
Só a saudade ficou.
“E agora José?”
Será que o sonho acabou?
*
A Arimatéia Catunda,
Minha eterna gratidão.
Pelo som de suas músicas
Gerando amor e paixão.
Como eu, muitos amigos
Viveram a mesma emoção.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda
Minha homenagem ao Dedé que lamentavelmente fez sua passagem, mas ficou na história e no coração dos Ipueirenses.

1 Comentários:

Blogger Jean Kleber disse...

Dalinha, só você mesmo com a sua genialidade seria capaz de corporificar em versos a nossa dor e o nosso desejo de homenagear aquele que foi o grande herói de Ipueiras ! Parabéns !

21.4.15  

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