Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

19.8.14

NA TRAMA DA REDE

Por
Dalinha Catunda
*
Na solidão do presente
No mundo modernizado
Felicidade aparente
Mostra o sorriso forçado
Faz sua fotografia
Mas sabe ou desconfia
Que seu roteiro é forjado.
*
Na selfie que se repete
O que mais sobra é dente
No face sempre aparece
Com sorriso permanente
Troca mil vezes de roupa
Trejeitos ela não poupa
Fingindo que está contente.
*
Nesta quimera das telas
Neste reino de ilusão
O jogo do faz de conta
Desnorteia a emoção
Pois tudo é só fantasia
Que a solidão alivia
Iludindo o coração.

***
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).

17.8.14

MÁGICOS MOMENTOS


Por 
Ângela Rodrigues Gurgel


Na fugacidade do tempo,

Vivo uma vida no momento

De nosso abraço...

Na cinza dos dias frios

Conheço o paraíso

No céu de sua boca...

Seja noite, tarde ou dia

Sempre vejo a lua, cheia de magia,

Derramar-se em seu olhar...

***

Ângela M. Rodrigues de Oliveira P. Gurgel, poetisa, nasceu em Mossoró-RN, tendo vivido em outras cidades do Rio Grande do Norte (Almino Afonso, Caraúbas, Caicó e Natal) e do Pará (Tucuruí e Marabá). Atualmente mora em Mossoró-RN. Graduada em Ciências Sociais, e Filosofia na UERN (Universidade do Estado do RN) e Direito na UnP (Universidade Potiguar). Já exerceu o cargo de Secretária de Educação em Caráubas, onde também foi Diretora de uma escola de Ensino Médio.

9.8.14

LEGADO DE FAMÍLIA



Por 
Dalinha Catunda

*

Eu não condeno meu pai
Se um dia me espancou.
Ele estava só fazendo
O que seu pai lhe ensinou
E se apanhei tanto dele,
No milho ele ajoelhou.
*
Recriminamos excessos,
Mas tínhamos limitação,
No fundo um pai só tentava
Modelar um cidadão.
Hoje a falta de limite
A todos tudo permite
Pois falta orientação.
*
Eu criei dois filhos machos
Empregando minha lei.
Os dois já estão formados
Do meu jeito os limitei.
Foi seguindo a tradição
Que cumpri minha missão
Com valores que herdei.
*



Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio (cantinhodadalinha.blogspot). É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

5.8.14

Uma homenagem a todos os pais

                                              
Por
Bérgson Frota


Ao falar desta data tão importante a da figura do pai, queria prestar também nesta crônica uma homenagem a todos os pais.
Na lembrança dos que se foram, àqueles cuja alegria nos fazia renovar o dia pela simples presença, novos ou velhos, pois a velhice paterna se assemelha mais a santidade.   
A figura paterna nos evoca um grande respeito e amor, seja dos pais ainda presentes entre nós seja dos ausentes, cuja lembrança e saudade se fazem mais que presentes a cada dia nos nossos corações.
Aos pais então, cuja providência divina levou para junto do Senhor, os respeitos e as louvações devidas neste dia, e nos muitos que nos serão permitidos lembrar.
Diz a Santa Bíblia que as últimas palavras de Cristo se dirigiram a seu genitor --- “Tudo consumado Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito”. E estas palavras têm ecoado por séculos no inconsciente coletivo humano.
Aquele que por nós veio dar sua vida recorre antes novamente no Jardim de Getsemani, ao seu criador --- “Pai afasta de mim este cálice”. Numa súplica muda quando o suor já lhe descia o rosto transmutado em sangue.
As duas citações servem a um propósito claro, nos últimos momentos de vida Jesus chamou pelo Pai, e somente no desespero em que a carne revolta gritou mais forte diante de tanta insuportável dor ele disse --- “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes ?”. Mas foi ao Pai a quem dirigiu “ele” seus dois últimos pedidos.
Jesus é para nós o guia, um exemplo, e seu exemplo em relação o respeito ao Pai nos toca, esta figura santa destaca em seus atos o sagrado valor da paternidade.
Tocar o coração humano com palavras é algo difícil, e ele o fez, tocar-lhes o coração com este texto é o que busco, sem ter a confiança de fazê-lo.
Queria junto a uma homenagem coletiva aos pais lembrar de um nobre senhor já partido cuja sobriedade e coragem, ainda anima em lembrança o lar de minha família.
Meu pai, Jeremias Catunda Malaquias.
Ao referir-me de forma sutil e rápida, ao meu genitor, e parecer perder-me num texto ao dia dos pais, retorno aos pais presentes, aos que entre nós estão, aos que são e sabem com justiça e integridade exercer a função paterna, aos pais futuros, e aos que iniciam este difícil, mas grande e prazeroso exercício.
Ao concluir esta crônica a homenagear os pais, deixo como tributo ao meu pai e todos os outros no seu dia, meu eterno agradecimento. Deixo a todos àqueles cujas determinações maiores já não permitem contar mais com a presença física de seus genitores, minhas saudações e respeito, e aos pais que iniciam sua caminhada os parabéns, pois a paternidade não é e nunca foi uma obrigação, constitui este posto numa das mais nobres bênçãos que Deus permitiu aos homens, ser pai como Pai de todos “Ele” também o é.



Foto: Poeta Jeremias Catunda Malaquias, do acervo do escritor Bérgson Frota.


Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.