Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

31.3.14

QUANDO O JATOBÁ FAZ ENCHENTE


Por 
Bérgson Frota

Daquele rio que nasce em Ipueiras, lá longe, quase fronteira com o Piauí, a vista no inverno é de um verde de animar.
A seca é esquecida, e o rio parece um mar.
De águas barrentas primeiro para depois clarear.
No leito que desce forte, a formar redemoinhos, fazendo coroas no centro e pra outros crôas chamar.
Fazendo espetáculo esperado de esperança renovar.
E o povo daquela cidade, que já grande despertada, vai às pontes ver o rio, ver a força, ver a água a escorregar na terra que parte do tempo, só sentiu o sol esquentar.
A molecada, o povo todo em geral para lá vai se banhar. Correm pra “batizar-se”, na primeira cheia do ano que o inverno fez chegar.
Salve 2014, salve a cheia do Jatobá.
E como ano após ano, este ritual se repete, o rio vira e é, palco de grande alegria. É sinal, é simpatia, do bom inverno esperado.
O verde nas duas margens, os montes longe a pintar-se da igual esperança cor. Ano a ano a renovar-se.
Mas Jatobá, tu, que passas mais tempo seco, por que corres tão rápido ? Vai mais lento, demora-te, desce tuas águas menos veloz. Parece até que para nós tu só vem visitar.
Fica conosco.
Não secas, espera o Natal chegar.
E ele calado e rápido, continua seu caminhar. É a sua natureza, todos dizem, a mesma dos rios da terra, correm rápido por boa ambição, não tem vontade de nos deixar, mas cumpre a sina dos rios, tem ambição pelo mar.
Deixando-nos água no solo, cumprido a missão de inverno, cabe a nós aproveitar. E quando se ir de todo, nós iremos esperar, a próxima cheia do rio que para nós é um grande mar.

Foto : Acervo pessoal do autor

                                                                                  

                            
Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzido artigos de relevância atual. 

26.3.14

PARA UM AMIGO TORCEDOR

Por
Bérgson Frota

Sempre tive uma curiosidade no que tange a rivalidade entre Brasil e Argentina no futebol.
Não por serem duas nações irmãs cujo o esporte primeiro é o famoso esporte bretão.
Mas minha curiosidade foi e é :
Por que brasileiros de carteirinha, digo, filhos de pai e mãe nascidos na terra brasilis torcem de forma quase doentia pela Argentina.
Seja em amistosos com o Brasil, seja em copas do mundo, ou outros torneios menores.
Tenho um amigo, cuja paixão pelos portenhos é de se estranhar.
Diz ele : são raçudos, têm mais ginga e sempre melhores jogadores que o Brasil.
Pergunto pelos títulos mundiais. Silêncio :
Sorte ???
Silêncio e mais silêncio ...
Torço pela Argentina e pronto é a resposta. Assim nos calamos e encerramos o assunto.
Não sou contra a Argentina, nem de seu bom futebol com características próprias, e ótimos jogadores.
Mas sou brasileiro. Torço pelo Brasil em amistosos, torneios e copas do mundo. Temos cinco honrosos títulos, nosso futebol é respeitado, nossos jogadores do passado são e foram lendas vivas deste esporte.
Pelé, Nilton Santos, Mauro, Bellini, Djalma Santos, Di Sordi, Zagalo, Didi, Garrincha, Gilmar, Mauro, Félix, Jairzinho, Carlos Alberto, Tostão, Gerson, Rivelino, Falcão, Zico, Sócrates, Eder, Oscar, Romário, Bebeto, Kaká, Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo, Júlio César, Dunga, Cafu e muitos outros mais cujo nome não citados certamente nos trazem uma boa lembrança.
Nesta copa, Neymar, Fred e outros serão as estrelas futebolísticas a se eternizarem.
Em 1950 choramos no Maracanã.
Queiram os deuses deste esporte divino que neste ano, na copa de 2014 a se avizinhar, nos caia como um presente uma final sagrada : Brasil e Argentina, e que naturalmente eu como a maioria dos brasileiros tenhamos a glória do hexacampeonato jogando de forma grandiosa com nossos “hermanos”, e ganhando pela ginga e valor dos nossos heróis da bola, estes, os brasileiros.
Quem sabe não será esta a final ?
Espero que meu amigo desta vez, em isso acontecendo, venha em definitivo a torcer para a seleção de seu país.
E viva o Brasil hexacampeão, coroando com mais brilhantismo sua história futebolística, e pondo na eterna e sagrada camisa canarinho mais uma bem vinda estrela. 

Imagem blog: www.sinprorp.org.br                                                                               
                        

Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzido artigos de relevância atual. 

É TEMPO DE CHUVA

Versos e foto de 
Dalinha Catunda
*
Faz mais de uma semana
Que chove diariamente. 
O açude já botou água
Deixando o povo contente.
Na grota a água escorre,
E o velho leito percorre
Formando nova corrente.
*
Cheiro de terra molhada
Invade minhas narinas,
O gado pasta com gosto
O verde toma as campinas.
É chuva molhando o chão,
E alegrando meu sertão,
Nestas terras nordestinas.

***

*
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).

22.3.14

ADEUS CAMPEÃO

Por
Bérgson Frota

À um homem que se tornou deus para uma Nação, Bellini, nosso primeiro capitão que partiu, foi brilhar na eternidade como tantos outros jogadores da nossa seleção, que já idos porém não esquecidos.
O ano de 1958 já sopra distante, mas a primeira conquista, o primeiro título de uma Copa do Mundo fizeram todo país vibrar, muitos daquela lendária conquista na Suécia já se foram, coube neste gesto eternizar a supremacia brasileira neste esporte.
O primeiro capitão fez história, bem como todo o time também.
Saudade e Agradecimento.
Obrigado Bellini, adeus grande campeão.

                                                                      ***            

Foto blog: www.memoriaavaiana.com.br

Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzido artigos de relevância atual.      

18.3.14

UCRÂNIA, POBRE UCRÂNIA

                                        
Por 
Bérgson Frota  
(Cronista)
                                                                                      

Há poucos dias a Rússia, ou mãe-Rússia como a chamam seus habitantes, resolveu anexar a Criméia, um território autônomo pertencente à Ucrânia, país soberano, mas vizinho do país que exige o respeito e a integridade a seu território e soberania por todos os países do mundo, porém parece desconhecer a do país vizinho na medida em que este não siga as suas ordens. Uma clara farsa de respeito à soberania ucraniana.
A Rússia, que se alicerça no seu poderio nuclear e suas grandes reservas de gás e petróleo começa a tornar-se odienta aos olhos do mundo civilizado.
O que é para esta nação, diga-se de passagem a maior, territorialmente da terra, as leis mútuas de respeito entre as nações?
O que depois da Criméia irá impedir, que para proteger os “ucranianos” de língua russa habitantes no leste da Ucrânia a Rússia não ataque e abocanhe ainda mais territórios ?
A Grande-Mãe já mostrou que sua lei é a da força, pobre Ucrânia, pobre Ucrânia.
Medidas pífias da Europa e dos EUA não a intimidam, nos fazendo lembrar Hitler quando invadiu a Checoslováquia a pretexto de proteger de privações sofridas por populações de etnia alemã na região dos Sudetos, e a Europa nada fez pensando que isso saciaria o lobo.
É necessário uma ação dura, será que a Rússia vai parar ? Ou logo o odiento império outrora comunista, hoje uma ditadura pseudo-capitalista não voltará a retomar seus antigos territórios e fazer numa nova versão uma União Soviética moderna.
Finalizando este artigo, lembro aos leitores a frase triste e conformada do presidente do México José de la Cruz Porfírio Diaz Mory (1830-1915), frase atribuída erroneamente a outro presidente mexicano Lázaro Cárdenas que governou entre (1934-1940). A frase diz tudo, tendo o México perdido grande território para os EUA ele exclamou : Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.
A fábula do cordeiro e do lobo se repete, mesmo não havendo razão para a brutalidade e do ato vil, é fácil criá-lo e dele fazer proveito.
                 
 ***                                                                                                                              Crédito da foto da bandeira da Ucrânia : blog : bigc3.com

                      
Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzido artigos de relevância atual.