Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

28.11.12

Réquiem para Expedito Catunda


Por
Gonçalo Felipe

Meu status tá de luto
Pelo fato que se deu
Em Ipueiras também
Onde o caso aconteceu:
Deus chamou um seu filho
E todo rosto entristeceu.

Foi num Caminho de Luz
Eu vou falar pra vocês:
Nesta hora lá no Céu
Está junto a outros três:
Pai, Filho e Espírito Santo
Ou um só, o REI dos reis.

E na casa de Ipueiras
Sua família todinha
Nesta hora estão de luto
Do alpendre até à cozinha
Por ter perdido o melhor
Morador que a casa tinha.

Por certo está colocada
Em cada, uma fita preta.
Guardados os documentos
Dentro de uma gaveta.
Do dono, que fez partida.
A vontade de Deus foi feita.

Deus deixou de roupa preta
Seus filhos, netos e netas.
E guardou a sua alma
Em recepção completa.
Na terra ficou a saudade
De uma vida correta.

Com certezas metas e atos
Com brios foram cumpridos.
Sua alma subiu ao Céu
Como em sonhos coloridos
Em Cantos Celestiais
Tocando em seus ouvidos.

E por Deus a sua vida
Em outra transformou-se
Se Deus mostrasse o poder
Eu regava com água doce 
Para nascer o segundo
Onde primeiro enterrou-se.


Gonçalo Felipe é o poeta de Nova Russas que colabora com o blog "Suaveolens" mediante seus poemas bem atualizados e sensíveis sobre nossa civilização, nossas vidas e nossos sentimentos.

17.11.12

JANELA DE TEMPO

















CENTENÁRIO DO MEU PADRINHO NENÉM MATOS-

11/11/2012

JANELA DE TEMPO

( CARLITO MATOS)

Nasceram tantos caminhos na imensidão do meu mar.

Cresceram tantos desejos, que a mão não pôde ancançar.

O gosto bom do pecado. O vinho doce. A maçã.

Um grito. Um olhar de flecha varando a minha manhã.

A vista turva de tempo enxerga um longe cantando

Em risos de cores vivas. De tantas bocas me amando.

Se alguém virar a ampulheta, alguma coisa me diz

Que o grão de areia me leva ao que não fui e nem fiz

****

O cearense Carlito Matos é engenheiro de pesca, músico, cantor e compositor.

15.11.12

Versos do poeta Gonçalo Felipe para Seu Mattos Centenário


Por
Gonçalo Felipe

Dispenso a chuva que inunda
Provocando correnteza
Dispenso a água que cobre
As ruas lá de Veneza.
Não dispenso é me inspirar
Numa festa em Fortaleza.

Dispenso a maior colheita
Que o nordestino tem
O trinar do Rouxinol
E a cantiga do Vem- vem
Não dispenso é meu carinho
Numa idade igual a cem.

Dispenso até rimar bem
Dispenso namoro e dança
Dispenso ver na t v
Um programa de criança
Não dispenso é meu respeito
Para quem cem anos alcança.

Dispenso até aliança
Com a saúde que me isola
Dispenso a minha saudade
Do filho, que me consola.
Não dispenso é meu abraço
A quem na vida é escola.

Eu dispenso os quilates 
Do ouro melhor do mundo,
Uma missa na basílica
Com João Paulo Segundo.
Não dispenso é externar 
O meu respeito profundo.

Dispenso pela manhã
O meu café na bandeja
A mulher da minha casa,
O pastor da minha igreja
Não dispenso é a alegria
Que o meu peito despeja .

Dispenso a boca que beija
Ansiosa de paixão.
Dispenso até cumprimento
Pegando na minha mão.
Não dispenso é de mostrar 
Minha consideração.

Dispenso ver uma partida
Entre o Vasco e o Flamengo.
Hoje eu dispenso outras rimas
Que me apareçam no quengo 
Não dispenso é me imaginar
Num senhor fazendo um dengo.

Dispenso ver outro evento
Por maior que seja a classe
Um casamento de príncipe
Que é o mais belo enlace
Não dispenso um desvaneio 
Onde o encontre e abrace.

Eu dispenso o melhor vinho
Dispenso o melhor azeite
Eu dispenso o caviar
Dispenso doce de leite
Não dispenso de o louvar
Mesmo que não me aceite.


Gonçalo Felipe é o poeta de Nova Russas que colabora com o blog "Suaveolens" mediante seus poemas bem atualizados e sensíveis sobre nossa civilização, nossas vidas e nossos sentimentos.