IPUEIRAS, PRAGAS E PLANTAS
Dalinha Catunda
Era debaixo dos fícus que a galera de tempos atrás se reunia para namorar, conversar, tocar violão, brincar de lado esquerdo e passar o anel, entre outras coisas. Antes e depois das missas e das festas era o "point" preferido da rapaziada para o comentário geral.
Mas nem só de lacerdinha morre-se de raiva. Ipueiras de tempos em tempos, ela abriga uma praga que dá de dez a zero no lacerdinha, é o potó. Esse é cruel!
Não tenho bem certeza, mas acho que eles chegam com as chuvas. Era o terror das meninas. Pense! Dormir feliz e acordar mijada de potó, e muitas vezes véspera de festas... A consideração do inseto com o ser humano eram nenhuma, pois os lugares escolhidos para lhe servir de penico eram os piores possíveis: pescoço, axilas, olhos, braços. E mais, sendo nas juntas, o lado afetado passava para o outro.
Só quem já foi "premiado" com a mijada do potó sabe exatamente o que é passar por isso. Queimaduras que viram bolhas, depois uma mancha horrorosa escura e “haaaja” tempo para sumir de vez.
Só depois de algumas leituras vim saber que o potó ao ser esmagado contra o corpo, expele uma substância chamada pederina responsável pelo estrago feito por ele. Se afastado com um sopro ou um peteleco nada acontece. Porém, nem sempre ele é visto por sua vítima, e na calada da noite, faz sua festa.
É uma árvore nativa que suporta bem o nosso clima, porém foi expulsa do centro da cidade pelo progresso que inevitavelmente chega, asfaltando os verdes sonhos que ficarão apenas na memória.
Nos arredores da cidade ainda se vê a imponente palmeira, em grande numero, tirando belos acordes ao vento.
4 Comentários:
Grande poeta, há algum tempo acompanho seu trabalho, seja através dos comentários feitos aos textos do prof. J. Kleber, ou lendo seus belíssimos versos. Senti-me honrada ao receber um comentário seu ao texto publicado neste blog, obrigada!
Angela,
Parece um rasgar de sedas, mas tenho um grande prazer em prestigiar pessoas que gostam e fazem da palavra sua arma maior. E você e uma delas. Prazer maior e dividir esse espaço do Jean Kleber com mais uma poeta. Quem carrega a poesia na alma, vê a vida com outros olhos. Avante!!! poeta.
Dalinha Catunda
A queimadura do potó é bom passar gasolina...pois ela é fria e queima o mijo do inseto.
olá obrigado pelo argumento sobre esses dois insetos.
como vc tinha falado que a praga tinha acabado, não acabou não
na minha cidade também tem pé de ficus e logo quando chegaram não tinha o inseto chamado lacerdinha, mas agora todos o pés da minha cidade tem esse maldito inseto. e não podemos fazer nada.
para falar comigo escreva por e-mail para mim.
oaiht@hotmail.com.
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