Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

7.4.07

AOS AMANTES DA FRUTA




Por Dalinha Catunda,



Ipueiras-Ce






É difícil falar em Jatobá sem que o pensamento faminto e cheio de saudades não me transporte imediatamente até o Ceará, e conseqüentemente a Ipueiras.
Cidade pequena, pacata, de povo acolhedor.Cenário mágico de minha infância e juventude, onde o velho Jatobá feito cobra gigante majestosamente serpenteia a cidade.
Jatobá na língua guarani significa “folha dura” ou “árvore de fruto duro”.
E hoje, esqueço um pouco o velho Jatobá para falar dessa frutinha gostosa, diferente, que também fez parte da minha meninice.
Nasci e me criei, ouvindo falar em jatobá, desfrutei do rio e comi da fruta.
Na dormência da memória, morava o jatobá que provocado eclodiu em boas lembranças.
Parece que foi ontem... eu menina, de pedra na mão, quebrando a tal fruta para comer a massa de gosto incomparável, de cor deslumbrante, amarelo fosforescente, a qual abrigava o jatobá dentro de sua casca dura e marrom. Após sujar a cara com o pozinho do jatobá, não sem antes ter me entalado por diversas vezes, era hora de brincar com os caroços que eram tão bonitos quanto as cascas e quanto a massa.
Em nome dessa álacre lembrança, munida de saudades, acessei a “wikipédia” e fiz uma pequena pesquisa que muito me agradou e certamente agradará os amantes da fruta.
Eis o obtido em relação ao Jatobá:
“Como planta medicinal, diferentes partes são usadas por indígenas do Brasil, Guianas e Peru contra diarréia, tosse, bronquite problemas de estômago e fungo nos pés.”
“Entre seringueiros e moradores de regiões próximas das florestas onde se encontram, é comum utilizarem a casca da árvore para fazer um chá, também chamado de vinhos de jatobá. Acreditam que este chá é um poderoso estimulante e fortificante”.
Pois é, amigos, Ipueiras em sua singularidade bebeu do Jatobá e, comeu o Jatobá.

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Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa e escritora. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É co-gestora convidada do blog Suaveolens.

2 Comentários:

Blogger Jean Kleber disse...

Dalinha, esta matéria, além de bem escrita é sobretudo graciosa e espontânea. O jatobá em dois sentidos: o rio e a fruta. E quem já não entalou com aquela massa?
Não é mesmo?
Parabéns e obrigado.

13.4.07  
Anonymous Anônimo disse...

Dalinha,
Ótima matéria, e qual o ipueirense
de outrora que não provou desta frutinha dura, trabalhosa e gostosa e tomou banho no rio jatobá? rsrs vc foi e será sempre a musa do rio jatobá e apreciadora desta frutinha.
Forte abraço,
Tereza Mourão

23.4.07  

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